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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sobe para 9 o número de vítimas das chuvas no Grande Recife


Do NE10
Foto: Priscilla Buhr/JC Imagem
http://www2.uol.com.br/JC/HTML_PORTAL/cotidiano/imagens/tragedia_camaragibe_G.jpg
TRAGÉDIA FAMILIAR - Família inteira morreu em Camaragibe, Grande Recife
De acordo com informações da Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir), já foram registradas duas mortes na cidade em decorrência das fortes chuvas que caíram durante o final de semana, resultando no deslizamento de barreiras e soterramento de casas. A jovem Jaqueline de Lima Cavalcanti, 20 anos, chegou a ser socorrida junto com sua filha Jamile, 3 anos, para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Córrego da Areia, em Nova Descoberta, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo informações da vizinha da vítima, Cláudia Nunes, 40 anos, mãe e filha ficaram soterradas debaixo de uma barreira aguardando socorro, na Rua Regina, localizada na Vila Esperança, na Macaxeira, Zona Norte do Recife, mas como o Corpo de Bombeiros não chegou a tempo. A vizinhança foi quem ajudou as duas a saírem do local. Elas foram transferidas ao Hospital da Restauração, na Avenida Agamenon Magalhães, na madrugada desta segunda-feira, e, às 3h, Cláudia recebeu a notícia de que Jaqueline faleceu.  A criança ainda continua na unidade hospitalar. 

VÍTIMAS - O outro caso registrado no Recife foi na comunidade Vasco Gama, em Casa Amarela, por volta das 5h desse domingo (17). Um rapaz chamado Rodrigo Firmino de Almeida, 23 anos, faleceu após o deslizamento de uma barreira na Rua Pirizal.

As outras sete vítimas são de Olinda e Camaragige. Segundo a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), duas crianças identificadas apenas por Vítor e Caroline foram vítimas de um deslizamento de barreira na rua Maria Alice, em Aguazinha, Olinda. O órgão também confirmou a morte de uma criança de 13 anos chamada Tâmara dos Santos. Pelo mesmo motivo, um rapaz de 30 anos de apelido Soró também faleceu. Este, porém, ainda não consta nos registros da Codecipe.

CAMARAGIBE* - Na noite do sábado (16), quatro pessoas de uma mesma família, na altura do Km 3 de Aldeia, em Camaragibe, também morreram por causa de um deslizamento de barreira. Foram três crianças e uma mulher.
As quatro pessoas que morreram na Rua Fernando de Noronha, no bairro de Tabatinga, eram da mesma família. Faleceram Josefa Joana, 52 anos, a nora dela, Elizabete Barbosa, 33 anos, e os dois filhos Letícia Barbosa, 7, e Paulo Sérgio Barbosa, 17. Ficaram feridos o pai dos garotos, Sérgio Manoel da Silva, 27 anos, e o padrasto dele, identificado apenas como Edson. Os dois seguiram para o Hospital Getúlio Vargas, na capital. 

O deslizamento ocorreu por volta das 19h do sábado. Às 23h, todos os corpos já tinham sido resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Jeremias da Silva Azevedo, 41, vizinho da família, informou que viu toda a tragédia pela janela. "Eu tinha acabado de chegar em casa. A janela estava aberta. Eles estavam conversando do lado de fora da casa. De uma hora para a outra, veio aquele mar de lama". Jeremias relatou que, após o deslizamento, ainda conseguiu escutar pedidos de socorro. "Era muita lama. Não tinha o que fazer. Os dois que saíram feridos tiveram sorte porque estavam um pouco mais afastados. Um deles pulou dentro do córrego".

Na manhã deste domingo, equipes da Defesa Civil de Camaragibe estiveram no local para realizar uma vistoria. Quatro casas localizadas no bairro foram interditadas porque havia risco de desabamento. Um dos moradores reclamou da lentidão da Prefeitura de Camaragibe. "Uma barreira deslizou na quarta-feira e destruiu parte do quarto da casa da minha mãe. Até agora, eles não fizeram nada. Estamos esperando uma atitude".

De acordo com o perito do Instituto de Criminalística, Vinícius Nogueira, eles morreram por sufocamento. "Encontramos muita areia nas narinas e nas bocas das vítimas e isso leva a crer que eles morreram sufocados", explicou.

Moradores lembraram que, em 1986, morreram duas pessoas soterradas no mesmo lugar. Em 1990, houve outro deslizamento. "Felizmente, houve apenas destruição. Ninguém morreu. Mas é um absurdo deixarem construir a casa no mesmo lugar. Agora, a comunidade chora a morte de quatro pessoas dessa família". Parentes da vítima preferiram não falar sobre o assunto. 

* Com informações de Cidades/JC

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