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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Prédio com rachaduras em Jardim Fragoso é interditado pela Defesa Civil

Hélder Lopes

Do Blog de Jamildo

Famílias começaram a deixar prédio há cerca de dez dias, quando começaram as rachaduras
Famílias começaram a deixar prédio há cerca de dez dias, quando começaram as rachaduras
Foto: Hélder Lopes/NE10
A Defesa Civil de Olinda interditou, no final da manhã desta quarta (20), o Edifício Ana Amélia, no bairro de Jardim Fragoso. O prédio caixão, que tem três andares além do térreo, começou a apresentar rachaduras há mais de um mês, e todas as 12 famílias que lá viviam já abandonaram o local antes mesmo que fossem solicitados. A interdição foi decidida pela Defesa Civil do município em inspeção ao prédio pela manhã, junto com o Corpo de Bombeiros. No bairro, já houve desabamento de prédio.



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A vistoria da Defesa Civil foi a quarta visita do órgão em cerca de um mês, quando começaram a aparecer as rachaduras. As fissuras se apresentam na base do prédio e também na estrutura que segura a caixa d´água do prédio, que fez estalou no domingo (17) e assustou os poucos moradores que ainda estavam morando no edifício.

"A Defesa Civil esteve três vezes aqui antes; em todas elas, disse que o prédio tinha condições de ser habitado. Nós, moradores, contratamos mais de seis engenheiros para vistoriarem e todos disseram que deveríamos deixar o prédio", disse o morador Benjamin Ribeiro, que deixou o edifício ontem. 

Na última visita da Defesa Civil ao local, no último domingo (15), os engenheiros Wagner Rodrigues e Clóvis B. Cavalcanti emitiram um laudo técnico citando que aestrutura encontrava-se em "condições de moradia" e precisava apenas de "alguns reparos".

O síndico do edifício, Everaldo Santos, se diz preocupado com o destino das famílias do prédio. Ele, por exemplo, deixou o apartamento próprio para morar numa casa alugada e, na manhã desta quarta, terminava de retirar os móveis que ficaram. "Eu, graças a Deus, consegui uma casa para alugar. Levei tudo o que tinha de mais urgente e hoje voltei ´para pegar o resto. Não sei como farão os outros moradores. É preocupante".

A empresária Alessandra Cruz, que mora no térreo do edifício há 7 anos e teve janelas estouradas pelos abalos nas estruturas do prédio, além de as portas todas emperradas, contou que alguns moradores tiveram seus apartamentos saqueados. "Não basta esse problema de estrutura! Como o prédio está praticamente vazio, na semana passada roubaram o carro de um dos que ainda estavam morando. Sem contar nos apartamentos saqueados".

No domingo, após a rachadura da caixa d'água, até os moradores vizinhos começaram a deixar suas casas com medo de um possível desabamento do prédio, de três andares.

Nos arredores do Edifíco Ana Amélia outros prédios aparentam estar em péssimo estado de conservação - vários foram abandonados por seus proprietários e já ocupados por invasores.

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