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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Depois de ataque de tubarão, surfistas abandonam orla no Pina e em Brasília Teimosa

O ataque de tubarão em Brasília Teimosa parece ter mesmo servido de "lição" aos surfistas do local. Ao menos temporariamente. A reportagem esteve nesta manhã no local onde o jovem Marlison Danilo Lima de França, 21 anos,  foi atacado ontem (29). Por volta das  10h, horário apontado como de grande movimento pelos moradores, não havia banhistas além dos arrecifes. Ninguém surfava no local.

"Isso é temporário, tenho certeza. Daqui a um ou dois meses, no máximo, vai estar tudo igual. Pode encher de placa, mas não adianta nada. Ninguém respeita", diz o ténico de som Edson Lins, morador de Brasília Teimosa.

 
Já o estudante Thyago Trajano, que costumava surfar no local, garante que a interrupção não é temporária. Ele estava na praia com o amigo Marlison Danilo Lima de França, mas ainda não tinha entrado no mar. "Eu tava só olhando e ia entrar logo depois. Aí foi quando eu vi a movimentação e a cara de dor dele. Foi muito assustador. Eu não imaginava que aquilo pudesse ocorrer com um amigo meu", comenta. "Eu não tenho mais coragem de tomar banho aí não".

O atque pegou até mesmo os moradores mais antigos de surpresa. O pescador Amaro Oliveira,54 anos, 15 destes dedicados à vida no mar, também ficou surpreso. "Eu sei que é perigoso, mas não lembro de ter visto nenhum outro ataque nessa área [conhecida como Buraco da Véia, em Brasília Teimosa]. Mesmo assim, Amaro dizia já não ter coragem de tomar banho naquele local. "E agora é que eu não vou mesmo. Esse ataque é um aviso ninguém mais entrar", comenta.

Amaro costumava tomar banho de mar em Brasília Teimosa nas décadas de 70 e 80. "Naquela época não tinha essa degradação toda, né? A gente podia ir sem medo. Não tinha esse medo todo de tubarão que as pessoas têm que ter hoje", opina.

Mesmo com a repercussão negativa do acontecimento, o turismo no Estado não deve ser prejudicado. É o que defende o presidente da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), André Correia. "Isso é uma questão pontual, faz muito tempo que não tinha nada desse tipo. Não acredito que vá prejudicar", defende.

André admite que caso o ataque tivesse sido feito a um turista, o prejuízo para o Estado seria maior. "Sem dúvidas, a repercussão seria maior". André também defende a sinalização na orla, dizendo que, ao quebrar as regras, o surfista se expôs ao risco. "A sinalização é suficiente. Hoje em dia, só é atacado quem não presta atenção no que está escrito", finaliza.

Antes deste ataque, o último caso havia ocorrido em 7 de setembro de 2009, na praia de Piedade, quando o garoto Geovane Tiago Barbosa de Freitas, de 15 anos,foi mordido na altura das nádegas, tronco e pernas e não resistiu aos ferimentos.
Por Ana Laura Farias, do Blog de Jamildo

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